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Wednesday 11 April 2007

Feliz Páscoa?

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Eu não gosto muito de feriados. Vésperas de feriado então, nem se fala. Geralmente lembro muito pouco deles depois. Quinta feira eu não ia sair de casa por que eu decidi que eu tenho permanecer o maior tempo possível trancada, já que essa vida que eu levo não ta me levando a lugar nenhum. O Gabriel passou do meu lado de carro e eu nem consegui ver. Queria. Faz tempo que eu não vejo o Gabriel. Tenho que devolver o livro dele. O Flávio que falou que era ele berrando de dentro do carro. Aí a gente ficou escutando umas músicas no bilhar, e foi encontrar o pessoal no bar que tinha mais pra frente. Já disse que eu odeio a Augusta? Eu odeio a Augusta. Já gostei. Mas agora eu odeio. Desde que eu cheguei lá, minha vida ficou meio obscura.
Eu lembro pouco de quinta. Sei que eu tava passando mal, por que me lembro de reclamar toda hora “Eu to passando mal, Flavinho. Eu to passando mal”.
Fugi lá pra fora com o copo de bombeirinho do Flávio nas mãos. Eu pra tralálá de bêbada tentando esnobar ao máximo o chato do Beto Bruno que tava lá olhando pra minha cara. Portanto permita-me dizer que: Eu não acho orgulho nenhum estar num boteco chato que só tem gente chata pagando um pau p’rum cara chato só porque ele tem uma banda mais chata ainda. EU ODEIO O BETO BRUNO.
E se você gosta de Cachorro Grande, problema seu. O cara é um verdadeiro chato. CHATO. Eu já gostei, velho. Algumas pessoas devem lembrar. Não vou bancar a hipócrita dizendo que sempre achei o pessoal do Cachorro Grande um bando de chatos. É que eu prestava atenção nos caras tocando, e eles tocam bem. Mas ficaram chatos. A voz do Beto Bruno é chata. Ele todo. Isso eu sempre achei. Agora eles todos estão chatos. Aí eu parei de ouvir. Acontece com todo mundo. Eu disse pra ele na quinta. “Eu ouvia quando tinha 13 anos”. Ele disse que estava velho. Eu falei pode crer. E fui lá pra fora. Aí fiquei atirando nuns bichos do videogame da casa do lado até doerem os braços, sentei na calçada, ouvi uns recados do meu celular, fiquei com soluço, levei a Amanda em casa, peguei uma blusa emprestada porque agora São Paulo desembestou a voltar a fazer aquele puta frio de madrugada, e quis dormir até tarde, mas não consegui por que fui encontrar a Sté pra depois encontrar a Rê e ficar muito doida de novo.

Portanto estou implorando.

Parem de me chamar pra sair.

Parem todos.

Como eu sou uma pessoa com um defeito horrível, o de não saber dizer não, então façam esse favor pra mim. Não me chamem mais pra beber. Tenham a bondade. Eu agradeço.