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Tuesday 24 March 2009

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Teve um dia que eu estava lá quietinha no meio daqueles livros todos. Naquele dia que o dia era só tédio, vazio em qualquer canto. E aí eu peguei um livrinho e fiz o que eu sempre faço, sorteio uma página e leio um trecho. Não botava fé naquele livrinho do Walt Whitman. Aí caiu aí ó, e eu quis mostrar pra você, e na impossibilidade, mostrei pra todo mundo que tava perto. Na van, no metrô, no ônibus, em casa e no bar. Olha só o que eu achei hoje e copiei no caderninho. Aí liam e, sabendo da minha situação, do meu gênio e das minhas intenções, eles entenderam.
Dizia assim ó:


Se me quiser de novo,
Me procure sob as solas de suas botas.
Vai ser difícil pra você saber quem sou ou o que estou querendo dizer.
Mesmo assim vou dar saúde
Vou filtrar e dar vida ao seu sangue.
Não me cruzando na primeira,
Não desista.
Não me vendo num lugar,
Procure em outro,
Em algum lugar eu paro e espero você.



Fueda.