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Monday 2 July 2007

Antítese

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Entregue. Eu, as minhas pieguices e o meu amor. O resto coloco na prateleira. Do resto não preciso. Tudo que eu preciso é dessa porra dessa entrega. Por que eu já sou inclinada a fazer isso. Eu to indo lá. Eu e a minha corda. Vou me jogar lá do alto daquele abismo e vou sentir o vento na minha cara quando eu estiver caindo por que eu não sei ser de outro jeito.
Desse jeito aqui eu não consigo ter paz. Desse jeito aqui eu não consigo sentar de frente pr’aquele lago e acender o meu incenso. Desse jeito aqui eu não realizo, eu não saio das nuvens. Fico dançando, saltitando, tomando chazinho de ervas. Enfio uma flor no meu cabelo e vou escutar Polyphonic Spree. Eu quero me jogar agora e eu quero quebrar a minha cara bem quebrada por que senão nada disso vai ter valido a pena. E tem muita coisa aqui que vale. Vale a pena pra caralho e compensa tudo.
Eu não quero nem saber. Sai da minha frente. Sai que eu to indo lá no abismo com a minha cordinha fraca.
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